terça-feira, 21 de junho de 2011

MEDO... breve relato

Outros pensamentos não me vêm à cabeça, só penso nele, me olhando atrás da porta, no sofá da sala, dentro do armário, e até dentro de minha própria cabeça, tentando controlar meus passos, dizendo ter controle sobre acontecimentos futuros que não estão em minhas mãos.

ELE NÃO É REAL! Sei disso.


Quando escurece essa certeza transforma-se em talvez, e durante a insônia das três, não tenho mais certeza de nada, sinto que a qualquer momento o verei, ouvirei sua voz, sentirei sua respiração em meu pescoço, e mesmo não a sentindo, não tenho coragem de me virar, viro estátua, minha espinha gela, tenh
o sede, mas não me atrevo a ir até a cozinha. Com a coragem que me resta, ligo a TV, o barulho me acalma, não tenho que forçar outros pensamentos para me livrar do medo, a TV faz isso por mim, eu durmo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cidade como corpo

Após horas trabalhando em prol da sobrevivência tanto de seu corpo, quanto do corpo urbano, os braços não querem mais vender bonés, entregar panfletos, fazer lanches, assinar documentos ou contar dinheiro. A cidade está cansada, e por suas pernas, milhares de corações pulsam ansiosos pelo descanso. Cansados do intenso pulsar do coração urbano, todos quase ao mesmo tempo, se aglomeram nas pernas, tendo como destino os membros periféricos. A cabeça muitas vezes tem fome, fome de novos sons cheiros e sabores, e busca saciar-se nas artimanhas fabricadas por cabeças alheias. A cabeça desse grande corpo nem sempre pode ser governada, mas, infelizmente os meios para se chegar a ela sim. Porém, mesmo depois das seis, enquanto houver corações a cidade não para de pulsar, de crescer, de aprender, evoluir, ouvir a si mesma, buscar soluções ou simplesmente ser.

A menina que jogava bola

Nas tardes de sábado o suor já invadia sua testa,

Chuteira rasgada, e a unha sangrava

Sua mãe, brava, lhe chamava para o banho

-Calma mãe só mais um gol e eu ganho!

É estranho para os vizinhos que olham

A menina gostar tanto de bola.

Mas menina e bola formam par perfeito

Menos quando chão vai contra o dedo

Ai menina chorava, e a mãe gritava

-Vamos! Pinte a unha e varra a casa!

A mãe não se agradava, pois a menina não mais dançava,

Só chutava

O pai de tão nervoso

Furou a bola com o osso

Que arrancou do cachorro que dera a filha no natal

O irmão nem se importava,

A menina lhe era motivo de piada

Principalmente quando ela se arrastava

E no bumbum o short furava.

A menina não entendia

O que errado fazia

A menina não queria mudar seu penteado,

Nem comprar um novo calçado

Ela queria uma bola, ela queria um gramado

Tudo era tão bonito em seus sonhos

Mas a mãe os destruía

Ela não a entendia, nem ouvia

Era quase uma “bolafobia”

A menina chorava

A mãe se exaltava
-O que te falta?Comida?Casa?

A menina não sabia o que lhe faltava,

E também porque a mãe tanto se irritava,

Mas como não queria apanhar abaixava a cabeça,

E quando a ira de sua mãe abaixava,

Sorria e via

Uma nova tarde para jogar...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Malditos pontos que me reprimem!

Me disseram uma vez que para escrever bem é necessário entrar no próprio coração e conhecer o nosso "eu" mais profundo, passar o nosso "eu" para a escrita, sem buscar opiniões alheias ou elogios.Depois de muito pensar a respeito, cheguei a conclusão de que meu coração é desordenado, e é muito difícil tentar ordená-lo, meus pensamentos não possuem vírgulas, pontos ou acentos, meus pensamentos trabalham com um número muito limitado de palavras, e dentro desse limite , não há palavras difíceis, ou verbos que nunca passam pela boca de ninguém, meus pensamentos são livres, não seguem regras da gramática, e nem se renovou com a nova ortografia, não tem inicio, meio, ou fim, voam livremente, mas sem que outras pessoas os vejam...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A fuga

Nasci no dia 27 de dezembro de 1994, capricórnio com ascendente em aquário, talvez o horóscopo explique a minha dificuldade em expressar sentimentos, mas infelizmente não explica a minha dificuldade em usar pontos.Sentimentalismo sempre foi motivo de risada para mim, mas ser sentimental é como uma doença contagiosa, contagia.Meus abraços são, na maioria das vezes, fracos, meu coração é preguiçoso, só uso o cérebro.



mas amo todo o mundo! literalmente

quarta-feira, 7 de julho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ultimantente eu estou me sentindo como o bonequinho palito do desenho... plantada no chão, não posso fazer nada por ninguém, e ninguém pode me ajudar a fazer o que quero.
eu estava com a minha auto estima muito la em cima, mas agora estou novamente pra baixo pois voltei ao mundo real e vi que aqui(no mundo real) eu não sou nada e talvez nem no mundo que eu crio eu seja alguma coisa.Mas como sempre há esperança, resolvi colocar um peixe na terra, assim aquilo que esta no lugar do pé dele pode não ser raízes , e sim tentáculos de polvo e possa sair nadando.....olha ai to viajando de novo, ainda bem